sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O caso das Calopitas

Fred chegou numa tarde prontinho para ser dado ao meu irmão de aniversário, com a promessa de que era uma Calopita macho e que cantaria sem párar. Ledo engano, os meses passaram e nada do machinho aprender nem se quer um simples assobio. O único som que saia do bico dele era béééé, tuuuuio, e piiiiiiiiiu. Foi então que chegamos a conclusão de que Fred era mesmo Frederica.

Acontece que a Frederica cresceu, engordou, ficou mal humorada pacas, e numa das suas crises de mal humor, fugiu por uma das janelas de nosso apartamento. Isso fez com que minha família e todo o bairro saísse numa missão de resgate em busca do pássaro perdido. Um fim de semana inteiro perdido correndo atrás de um animal que voava na altura de um prédio de 50 andares e nós, pequenos seres andantes, correndo de um lado para o outro a berrar: "Pepeta, volte para casa!".
Lembro-me que uma vez um amigo meu disse que o cérebro desses pássaros é só uma aguinha pastosa, e que de espertos eles não tem nada.
E veja bem, a Frederica nunca soube falar, mas naquelas tardes em que ficou perdida ficou sobrevoando nosso prédio sem saber ao certo em qual janela ela deveria entrar. Daí percebi que de burra ela não tinha nada, pois poderia ter ido até o outro lado da cidade mas sabia que sua casa era por alí.

Frederica voltou para casa no dia seguinte ferida e faminta, mas nunca mais colocou o bico pra fora novamente.
Para salvar seu tédio, minha mãe um dia apareceu com Jean Pierre, crente de que aquele sim era macho só porque fazia um som engraçadinho muito diferente da Frederica.
Três meses se passaram e Jean Pierre só fala bééé, tuuuio e piiiiu, exatamente como a outra. Os dois dão um trabalho danado e brigam muito, e até hoje não sabemos qual das duas é o macho, se as duas são meninas, um verdadeiro mistério.





Essa daí é a Frederica. Fico devendo uma fotinho do Pierre. Essa semana juro que lembro de postar!

Praia!




Depois de passar meses sem fim apenas trabalhando e estudando, inclusive nos finais de semana, neste sábado pude colocar os pés na areia novamente!
O friu e a chuva (não programados) não nos impediu de beber muito em frente ao mar e assitir aos fogos de artifício que enfeitaram o céu na noite de sábado. Não sabemos qual foi a comemoração, mas o clima que ficou foi de ano novo.

O mais legal foi encontrar uma lojinha de um colecionador com vários bonequinhos
personalizados dos Simpsons. Tive que levar! Apesar do preço meio salgado, a vontade que dá é de sair colecionando toda a série.

Pena que durou pouco. De volta pr'a campinas, já estamos no batente novamente.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

sábado, 4 de outubro de 2008

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Control




love will us tear apart é uma das músicas que mais esteve presente em minha adolescência, e que até hoje ouço quando procuro algum som que realmente me toque de alguma maneira.

Why is the bedroom so cold? You've turned away on your side
Porque este quarto está tão friu? Você virado para o seu lado.

Is my timing that flawed? Our respect runs so dry
Yet there's still this appeal that we've kept through our lives

É o meu tempo que falhou? Nosso respeito murchou tanto
Mas ainda há esta atração/ Que mantivemos em nossas vidas


Tão jovem Ian escreveu esta música, com um entendimento do amor muito avançado para o seu tempo de vida. Mas a minha música preferida da banda ainda é a transmission (Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio!) a qual pude ouvir novamente estes dias enquanto assistia Control, filme biográfico que conta a breve história de vida do cantor.
Aos 23 anos Ian suicidou-se e deixou para o mundo dois discos, uma filha ainda pequena e um legado que mais tarde tornou-se o New Order. O fascínio dos ingleses e do resto do mundo por Ian parece ser tão grande que até hoje são produzidos filmes e documentários sobre sua vida e banda.

Control é um desses filmes leves e poéticos que tenta transmitir de maneira fiel a angústia de Ian, seus problemas conjugais e os problemas que ele enfrentou diante de sua doença. Ficam no ar ainda os motivos que o levaram a cometer suicídio tão jovem, um pouco de falta de coragem diante das adversidades, indecisão e cansaço, coisas que somente podemos cogitar. Mas toda esta tristeza é deixada de lado para aqueles que sabem apreciar o som, as belíssimas tomadas em preto e branco regadas ao melhor som pós-punk oitentista, que o Joy Division produziu tão bem.